15 programas imperdíveis em Cuba
Em fevereiro de 2008 o último líder histórico do comunismo, Fidel Castro, renunciou à presidência de Cuba, cargo que ocupou durante 49 anos. A saída do famoso e polêmico ditador deu início a rumores sobre uma possível transição da ilha caribenha socialista para um regime democrático e aberto ao capitalismo. Seu sucessor e irmão, Raúl Castro, aos poucos começa dar sinais de que, com o tempo, muita coisa pode mudar no país, inclusive para o turismo.
Para o professor de História Contemporânea da Universidade Mackenzie Frederico Alexandre Hecker, este é exatamente o setor que mais se abriu para o capitalismo em Cuba, uma vez que diversas empresas estrangeiras exploram a atividade na ilha. Mas ele não acredita que a atuação de estrangeiros em outras atividades econômicas vá mudar muito as coisas. “A alma de Cuba é socialista e o futuro dessa ilha mágica pode ser surpreendente a todos”, diz. Na dúvida, conversamos com alguns turistas brasileiros que já estivaram por lá e selecionamos 15 programas que ainda guardam a aura socialista – e por isso mesmo são imperdíveis – em Cuba.
1. Perder-se por Havana Vieja
O chargista Otávio Novaes viajou a Cuba em 2010 para acompanhar sua esposa em um congresso. Enquanto ela se envolvia com as palestras e atividades do evento, ele aproveitou para conhecer Havana Vieja, a parte velha e “não turística” da capital cubana. Segundo ele, este é o melhor lugar para ver de perto como vivem os cubanos e apreciar o que há de mais original na ilha como as comidas, a música, a arte e a arquitetura.
2. Visitar fabriquetas de vinho
Dizem que os vinhos cubanos são horríveis, mas é difícil conhecer alguém que não vá para a ilha e não se arrisque a experimentá-los, mesmo já sabendo que o sabor não é lá dos melhores. Para a fotógrafa Marília Vasconcelos, que considera Cuba o seu debut fotográfico, as fabriquetas de vinho pelo país representam o estilo de vida simples e artesanal dos cubanos. Por isso, se entregar ao vinho cubano é uma experiência única e significa entrar no clima local.
3. Observar a arquitetura local
Novaes também recomenda a quem visitar a ilha socialista algumas boas horas de caminhada para observar as construções locais, tais como o El Capitólio, réplica do Capitólio de Washington em pleno Parque Central. Os monumentos, as casas e as igrejas cubanos têm um glamour típico e dão a impressão de que Cuba realmente parou no tempo.
4. Conhecer a Casa do Chocolate
5. Viver a vida cotidiana
Se Cuba realmente se abrir totalmente para o capitalismo, Marcelo Siqueira teme que se perca algo que há de mais belo na ilha: a vida cotidiana. Lá, os trabalhadores ganham o mesmo salário, independente da profissão exercida. Segundo Siqueira, isso faz com que as pessoas trabalhem somente com o que gostam e tenham mais qualidade de vida e sejam mais alegres. “Conheci um contador, formado em administração de empresas, que preferiu virar gari para sentir o sol na pele e conversar com pessoas diferentes na rua. Passear coletando lixo era, para ele, mais vantajoso do que sentar-se atrás de uma mesa, de frente para o computador”, relembra o artista plástico.
6. Beber mojitos e daiquiris em bares clássicos
E para quem gosta de sabores e bebidas mais fortes, que vão além do chocolate, Marília também recomenda o mojito da Bodeguita del Médio e o daikiri do La Floridita, clássicos e históricos bares frequentados pelo famoso escritor apaixonado por Cuba, Ernest Hemingway.
7. Vivenciar a história pelas ruas
Para Heloísa, a história de Cuba é nítida em qualquer canto em que você pisar. “A cidade mantém viva a memória até em buracos de bala nas paredes e pichações contra Fulgêncio Batista – ex-ditador Cubano”, relata. A designer ainda deixa a dica para que os visitantes da ilha conheçam o Museu da Revolução e entendam melhor a história de Cuba e como ela está mais viva do que nunca.
8. Degustar um puro com rum
O artista plástico Marcelo Siqueira percorreu Cuba de bicicleta para conhecer de perto como vivem os cubanos na ilha socialista. Para ele, além de degustar o melhor mojito do mundo, o visitante não pode voltar para casa sem experimentar um bom charuto cubano (os chamos puros), acompanhado por um copo de rum, sabor possível e original somente em Cuba. “Charutos são parte da cultura local, visíveis para os turistas e consumidos pelos homens mais velhos”, relata Siqueira, que pretende lançar em breve um documentário sobre sua jornada de bicicleta pela ilha.
9. Andar de cocotaxi
10. Absorver as cores locais
A mãe da designer de jogos eletrônicos Heloísa Yoshioka já havia conhecido a Alemanha Oriental e a Tchecoslováquia e relatado cenas de cidades cinza e sem cor, sob um regime socialista. Por isso mesmo, quando pisou em Cuba, Heloísa esperava uma cidade fria e não muito colorida. Mas tudo não passava de um falso estereótipo e as cores das roupas, dos brinquedos das crianças, dos carros, das construções e das obras de arte foram o que mais chamaram a atenção da game designer.
11. Aproveitar o fim de tarde no Malecon
12. Conhecer o Hotel Nacional
Para Novaes, o Hotel Nacional é a típica “diversão meio brega à cubana”, mas vale a visita pelo símbolo histórico que o hotel representa. Datado de 1930, o Nacional já hospedou nomes como Winston Churchill e Frank Sinatra, e ainda hoje pertence ao Estado que o administra independentemente das grandes redes hoteleiras conhecidas mundialmente que se instalaram pelo país. O charmoso restaurante do hotel, Comedor de Aguiar, é um dos mais badalados de Cuba, com direito a jantares de gala e vista para o mar.
13. Tomar sorvete na Coppelia
Não se assuste, em qualquer momento do dia a sorveteria Coppelia estará com filas gigantescas. São os cubanos, que encontram no local um dos poucos luxos pós-revolução: um sorvete produzido localmente, com preços acessíveis para os nativos. Segundo Novaes, vale a pena encarar as enormes filas, nem tanto pelo sorvete, com poucas opções de sabores, mas pela proximidade com a vida cotidiana dos cubanos.
14. Descansar uns dias em Cojimar
15. Deslumbrar-se com os cartazes de filmes cubanos
O chargista Otávio Novaes e a fotógrafa Marília Vasconcelos simplesmente enlouqueceram com os cartazes de filmes cubanos feitos artesanalmente. Todos coloridos, criativos e expressando o gosto popular pelo cinema. Ambos recomendam que os visitantes levem ao menos um cartaz para casa e fotografe vários, pois Cuba é um verdadeiro museu a céu aberto de cartazes de cinema.
Acompanhe as novidades da Personal Travel também pelo Twitter .
Fonte: IG
0 comentários:
Postar um comentário