A Miami secreta – Dicas para fugir do roteiro ‘turistão’

Miami é um dos principais destinos dos turistas sul americanos nos Estados Unidos, toda a questão do clima, alguma cultura latina e praias acabam deixando os turistas com aquela sensação de que acabaram de sair de casa e só vieram dar uma volta num bairro vizinho (que fala uma língua diferente, mas isso é detalhe). O problema aparece, na verdade, quando descobrimos, ou lembramos, que nem todo turista gosta desses roteiros ‘turistões’, de se enfiar na praia que, por bem ou por mal, têm perto de casa, ou passar o dia dentro de um outlet, só porque é mais em conta, ou visitar cada ponto de referência da cidade pra poder voltar pra casa e dizer pros amigos, que vieram antes, o quanto o lugar X era realmente legal.

Uma Visão Geral

Pros mais aventureiros e menos ‘turistões’, esse post é pra vocês, uma boa ideia pra ter uma experiência quase nativa do que é a grande Miami, é bem legal visitar uma área que eles chamam de ‘Little Havana’. A dica é: se preparem pro espanhol. Como é uma área de grande influência da imigração cubana, é comum que as pessoas tentem falar espanhol antes do inglês. A cultura hispânica é pulsante nessa área da cidade, há uma série de restaurantes cubanos baratos e sem toda aquela glamourização turística, o que não influencia em nada a qualidade da comida. O melhor que posso dizer, agora, é ali no bairro Kendall, um restaurante chamado ‘Rio de Crystal’, barato, saboroso e com porções que alimentam uma família inteira.
A gente tenta, mas nem sempre dá pra correr dos shoppings (convenhamos que nos EUA, eles realmente são dignos da visita) então, pra aliar a vontade de fugir do mainstream e a vontade de comprar umas besteirinhas, Miami hospeda o ‘Dolphin Mall’, ele não é tão antigo quanto outros nomes, como um Wallmart, Target, ou Sawgrass Mill da vida, mas não deixa nada a desejar. Até porque a decoração dele é tão incrível que, honestamente, mesmo se ele não tivesse lojas, valeria a visita. Vale acrescentar que o Dolphin tem uns restaurantes ótimos, como o Texas de Brazil, que é uma churrascaria no mesmo estilo que uma Fogo de Chão, mas, se quiser se manter fora do turismo, procure uma lojinha chamada ‘Mojitos’.
 
I’m in Miami beach

Sol. Calor. Vida nas ruas. Apesar de estarmos com outro foco que não o ‘turismo óbvio’ não tem como não citar alguma coisa sobre as famosas ‘Miami Beaches’ (sem trocadilhos, ok?). South Beach é o point do verão, turistas, nativos, imigrantes, visitantes, negros, brancos, árabes, todo mundo conhece, todo mundo quer passar por South Beach, então, por que não? Porque somos turistas espertos. ‘Crandon Park’ é a resposta pra toda prece, localizada em ‘Key Biscayne’, é um lugar excepcional pra curtir uma tarde na praia e, pra ficar ainda mais local, é só passar em qualquer supermercado nas redondezas e comprar uns lanchinhos, ou, ainda melhor, compre carnes e legumes e aproveite as churrasqueiras gratuitas espalhadas por lá, numas construções com teto de folha de palmeira.
Uma dica importante para a saúde. Durante o inverno, a orla é infestada de águas vivas, principalmente uma que eles chamam de ‘Man-o’-war’, cuidado com essas, são bem grandes, se não maiores do que as nossas ‘Caravelas’. Ainda assim, é fácil encontrar bicicletas para aluguel na orla. Ou seja, mesmo que você decida ir à praia de Miami no inverno norte americano, ainda há opções de diversão.

Conhecendo a Finésse

Não que sejamos necessariamente visitantes com dinheiro de sobra, mas não custa descer a rodovia ‘Miracle Mile’ no bairro de ‘Coral Gables’, ou passar um dia no ‘Bal Harbour’, mas isso pode sair um tanto salgado. Uma dica particular, visitar imóveis em Miami pode se tornar um passeio bem agradável também, a cidade oferece do mais luxuoso ao mais simples e, sem exagero, muitos imóveis luxuosos lá são mais baratos que casas medianas aqui. Seguindo a linha mais fina, ‘Bayside Market Place’ é uma boa opção, o lugar abriga vários restaurantes famosos, embora, sobre comida eu aconselho os cubanos baratinhos ou os lanches em ‘Homestead’.

Já que comentei do ‘Bayside’, lá mesmo no shopping você pode pode fazer um tour de barco pela cidade, eles te levam pra conhecer a casa de várias celebridades e, a noite, os mesmos barcos se transformam em verdadeiras boates velejantes, diferente, né?

O Toque do Mestre

1 – Alugue um carro, o sistema público de transporte na cidade não só é confuso, como extremamente precário.

2 – Não aceite desafios para jogos em parques públicos, por mais que seja um hábito comum na cidade, as apostas podem te colocar em apuros.

3 – Na última sexta-feira do mês, ‘Viernes Culturales’, na ‘Little Havana’, é um dos melhores programas possíveis na cidade, algumas ruas são fechadas e recheadas de artistas, músicos e exposições.

4 – Abuse de Little Havana.

5 – Divirta-se, muito.

Fonte: 365 Dias Viajando

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