15 dicas para viajar de carro pelos EUA

Da escolha do carro aos hotéis, saiba o que fazer e evite dores de cabeça ao fazer uma "road trip" na terra do Tio Sam

Com boas estradas e poucos pedágios – a reportagem do iG percorreu mais de 7,4 mil quilômetros por dez Estados sem cruzar com nenhum pedágio –, os Estados Unidos são um destino comum para quem planeja viajar de carro no exterior. A fila e as quase duas horas de espera em uma locadora ao lado do aeroporto de Los Angeles deixam isso ainda mais explícito, apesar de a queda do sistema também ter sido responsável pela demora.

Segunda cidade mais populosa dos EUA, Los Angeles é a escolha inicial de muitas "road trips". A partir dela, os turistas geralmente se dividem entre dois trajetos: subir o litoral rumo a São Francisco ou encarar o deserto para se divertir em Las Vegas e em seguida visitar o Grand Canyon. Mas, antes planejar a viagem, saiba que, embora a idade mínima para dirigir por lá seja de 16 anos, quem aluga um carro deve ter, no mínimo 21 anos, e quem ainda não completou 25 anos é obrigado a pagar uma taxa extra. Veja outras 15 dicas abaixo:

1. Dinheiro coletivo

Quando se está em grupo, nada é tão chato quanto dividir a conta a cada restaurante ou bar. Agora imagine fazer isso em uma viagem, duas vezes – no mínimo – por dia. No Brasil, cada um passa seu cartão e o assunto está resolvido. Nos EUA, nem todos os estabelecimentos têm essa política, e não é a toa que o garçom sempre abre um largo sorriso quando ouve de uma mesa grande que tudo pode ser colocado em uma só "comanda".
Uma forma de resolver essa e outras questões que demandam dinheiro e contas é ter uma quantia separada apenas para o uso coletivo. Cada integrante dá o mesmo valor, o dinheiro fica sob o controle de alguém (se na turma houver um contador, melhor ainda) e passa a ser usado para alimentação, gasolina, hotel – o grupo define com o que vai usar – até que acabe. Quando isto acontecer, um novo depósito é feito.

2. Faça um bom investimento no carro escolhido

Quando se viaja de carro, é aconselhável dar uma atenção especial ao veículo escolhido para alugar. Dependendo do roteiro, você vai passar mais tempo em cima de quatro rodas do que em um quarto de hotel, então pesquise, compare preços e pague o seguro. Um pneu furar em uma estrada no meio do nada não é tão difícil assim.

3. Adote uma política para abastecer

No Brasil, nós sempre sabemos onde tem um posto por perto quando o sinal do tanque de gasolina bate na reserva. Em outro país, não. Estabeleça uma regra como, sempre abastecer quando o tanque chega à metade ou onde preferir.

4. Faça estoque de água no carro

É possível encontrar pacotes com 24 garrafas de água (com 500 ml a 600 ml) em supermercados, por preços que você dificilmente vai acreditar, como algo em torno de US$ 3 a US$ 5. Não é apenas questão de aproveitar a oportunidade, compre um pacote desses porque você vai usá-lo inteiro. Vai sair mais barato do que comprar uma garrafa sempre que tiver sede. E não se preocupe em levar o pacote por aí, deixe-o no carro.

5. Placa de pare significa... Pare

Quando avistar uma placa dessas, mesmo que em uma pacata rua residencial sem muito movimento, pare. Não há o que discutir aqui. Outro detalhe importante do trânsito norte-americano: os pedestres têm preferência, mas, ao contrário do que vemos aqui, lá não existe a mania dos motoristas de querer acelerar o carro e o passo de quem está a pé. O sinal verde abriu para você e os pedestres estão só começando a travessia rumo ao outro lado? Aguarde.

6. E placa de animal na pista realmente significa... Animal na pista!

Nunca, em nenhuma hipótese, subestime as placas de animais na pista. Em regiões próximas de parques nacionais, é comum ver animais de pequeno porte atropelados. Dentro de lugares como o Parque Nacional de Yellowstone, por exemplo, bisões caminham tranquilamente a metros da estrada. Fique atento ao trânsito lento sempre que isso acontecer. Tão ruim quanto atropelar um animal é provocar um engavetamento.

7. Considere comprar um chip para celular no país

A necessidade de ter um chip vai depender do tempo de viagem, ainda mais porque os planos mensais não costumam ser baratos, custando, em média, entre US$ 60 e US$ 70. Por que faz diferença ter um? Procurar por lugares onde comer e se hospedar, traçar rotas – se você está viajando de carro, a tendência é que não use o transporte público local – e evitar as caras tarifas das operadoras brasileiras no exterior são alguns dos benefícios.
Caso mais de uma pessoa do grupo compre um chip, considere comprar de operadoras diferentes. Por quê? Se o serviço de uma delas for capenga na região, talvez o da outra não seja. Desta forma, minimiza-se o risco de vocês ficarem totalmente sem sinal.

8. Não conseguiu reservar todos os hotéis? Não se preocupe

Muitos viajam de carro justamente pela imprevisibilidade de dormir em uma cidade desconhecida, por um roteiro que não está 100% fechado. Mesmo cidades com 20 mil habitantes, às vezes menos, têm uma boa oferta de redes de hotéis de estrada. Caso não consiga fazer as reservas durante a viagem, tente não chegar à noite porque a probabilidade de encontrar placas de “no vacancy” (sem vagas) é maior.

9. Não encontrei hotéis ou eles estão muito caros. Tente alugar um apartamento

Uma alternativa a hotéis caros ou distantes de onde você deseja ficar é alugar uma casa ou apartamento utilizando serviços como o Airbnb. Em Seattle (Washington), as diárias estavam mais caras do que havíamos previsto, de forma que a solução foi alugar um apartamento em uma movimentada região da cidade.
A experiência foi muito positiva, mas, antes de fechar negócio, leia as avaliações de hóspedes anteriores para evitar contratempos. Duas dicas importantes aqui: é necessário reservar com certa antecedência, porque é importante uma mínima comunicação entre locador e locatário; e serviços como o Airbnb costumam ser mais frequentes em cidades turísticas.


10. Interaja com os habitantes locais

Pequenos estabelecimentos ou estritamente locais, não turísticos, podem não aparecer nas buscas. Se você quer se sentir um local, pergunte aos moradores – a primeira opção costuma ser os funcionários do hotel – onde as pessoas que moram na cidade costumam ir para comer, beber e se divertir.
Em Kanab (Utah), cuja população não passa de 5 mil habitantes, fomos parar em uma churrascaria com pista de dança country e pessoas vestidas como se estivessem no velho-oeste, com direito a revólver – de verdade – na cintura e estrela de xerife no peito.

11. É fã de cerveja? Explore as cervejarias locais

A escola cervejeira norte-americana não é secular como a alemã, belga, inglesa ou tcheca, mas conquistou seu espaço entre amantes e especialistas nos últimos anos. Estima-se que existam mais de 2,8 mil cervejarias nos EUA, e elas podem estar nos lugares menos esperados. Em Pinedale (Wyoming), por exemplo, uma cidade com 2 mil habitantes, a Wind River Brewing tem mais de dez rótulos próprios, incluindo uma cerveja de trigo que leva manga na receita.

12. Fique atento ao horário na hora de comer, principalmente à noite

Em grandes centros urbanos, é possível encontrar lugares para comer que ficam abertos até 2h da manhã ou redes de fast-food com drive-through 24h, mas nos pequenos e médios, nem sempre é assim. Programe-se e evite procurar por um lugar para comer após as 22h ou você pode ser obrigado a se contentar com um posto de conveniência e suas bolachas a preços muito acima dos praticados nos supermercados.

13. Na dúvida, vá de fast-food

Nutricionistas não aconselham, mas, em uma road trip, o tempo é valioso. Os EUA são conhecidos por sua enorme rede de cadeias de fast-food: McDonald’s, Burger King, Subway, KFC, Wendy’s, Jack in the Box, Five Guys, Denny’s, Pizza Hut, Chipotle, Carl’s Jr., entre outros. Você vai encontrar, no mínimo, três lanchonetes dessas em cada cidade que pisar, independentemente da população. Elas são baratas, práticas e, mais importante, rápidas, ideal para quem precisa colocar o pé na estrada logo. Claro, só não faça isso todos os dias.

14. Vai para os EUA e pretende renovar o guarda-roupa? Pense no Oregon

Viajar para os EUA geralmente é sinônimo de compras. Muitas compras. Uma das rotas mais procuradas por turistas é sair de Los Angeles rumo a San Francisco ou Las Vegas e Grand Canyon na sequência. Nesse caminho, considere passar pelo Oregon. Por quê? Porque o imposto sobre vendas, que costuma variar entre 6% e 8% em todo o país, é zero por lá. Para sacoleiros de plantão, toda economia é bem-vinda. Lembre-se também de deixar o outlet para a parte final da viagem, quando você tiver uma ideia clara de quanto poderá gastar nele. E o Oregon tem ainda estradas de tirar o fôlego.

15. Perrengues não têm hora para acontecer. E vão acontecer

Por melhor que você programe a viagem, eles podem acontecer. No Arizona, o plano era dormir em Flagstaff, mas, por azar, todos os hotéis da cidade estavam tomados por conta de um evento universitário impossível de ser previsto. A saída foi voltar para Williams, a 40 minutos de carro, dormir por lá e repetir o trajeto até Flagstaff no dia seguinte. Pegar quase 1h30 de estrada a mais não parece muito, mas quando se está dentro do carro por 5, 6 horas seguidas, é muito, sim.


Fonte: G1

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