Procurando Nemo na Grande Barreira de Corais, na Austrália

Santuário marinho australiano que inspirou a animação da Disney/Pixar corre o risco de desaparecer por conta do aquecimento global.

Snorkel e máscara no rosto, um salto do barco e o cenário da animação “Procurando Nemo” se torna real. Basta mergulhar nas águas mornas da Grande Barreira de Corais, que se estende por dois mil quilômetros ao longo da costa do nordeste da Austrália, para ver de pertinho a diversificada vida marinha e os corais multicores mostrados no desenho.

 
Grande Barreira de Corais oferece alguns dos melhores pontos de mergulho do mundo.

Declarado Patrimônio Mundial da Humanidade, o enorme conjunto de recifes, orgulho dos australianos, faz por merecer a qualificação “grande” do seu nome. Ele abriga mais de 1.500 espécies de peixes, 360 espécies de corais duros, 5.000 espécies de moluscos, 175 espécies de pássaros. Tem ainda baleias, golfinhos e tubarões.
Uma biodiversidade inigualável, que corre o risco de desaparecer. Apesar do esforço do governo australiano pela preservação, a Grande Barreira de Corais vem sofrendo com os danos provocados pelo aquecimento do clima e pela contaminação do mar. Isto por conta do aumento da temperatura e da acidez da água que prejudicam significativamente a vida nos corais. Ainda assim, a beleza das águas justifica a longa viagem ao país dos coalas e cangurus.

Vá antes que desapareça

Quem não quer se arriscar no mergulho profundo pode curtir as belezas com o snorkel.

A cidade de Cairns, no estado de Queensland, é a principal porta de entrada para quem quer nadar nos arrecifes australianos. Diversas companhias de barco fazem a viagem até os corais, que são afastados da costa. Para o passeio de um dia inteiro, é preciso encarar o sacolejar das lanchas ou catamarãs por 1h30 a 2h a partir de Cairns.
Os melhores pontos, no entanto, estão mais afastados e para chegar até eles é preciso passar à noite em alto-mar. Independente da distância do trajeto, prepare o remédio para enjoo, há boas chances de ele ser necessário.
Como muitos dos enormes recifes de corais ficam no raso e as águas são cristalinas, só com a máscara e o snorkel dá para vê-los bem. Mas para realmente se maravilhar com as belezas do mundo marinho, o melhor é descer alguns metros abaixo da superfície com cilindro.

Barco turístico ancora em um dos enormes recifes de corais.

Para quem não tem o certificado de profissional, uma possibilidade é fazer o mergulho discovery, em que o aluno passeia no fundo do mar de braços dados com o instrutor. Antes de entrar na água, uma aula teórica rápida é dada no barco.
Para os principiantes, respirar com os instrumentos debaixo d’água pode assustar um pouco. Mas é só relaxar para se sentir como Nemo, flutuando por cima dos corais, com o corpo cercado de peixes, anêmonas ou tartarugas marinhas.

A cidade de Cairns
 
Apesar de ser a grande atração, a Grande Barreira de Corais não é o único motivo para conhecer Cairns. Com a tranquilidade de uma cidade interiorana, a região recebe viajantes do mundo inteiro - em especial mochileiros - que buscam aventura e natureza.
Quando se enjoar de tanto mar, pé a hora de explorar a exuberante floresta tropical que cerca a cidade. Um bondinho de 7,5 km atravessa por cima das copas das árvores até a charmosa vila de Kuranda. Ou, ainda, conhecer as muitas cachoeiras existentes no entorno da cidade. Para os mais radicais, pular de bungee jumping entre as árvores ou aterrisar de paraquedas nas areias da praia é uma experiência inesquecível.

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Fonte: IG

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